This photographic series ties into Greek mythology- the Myth of Narcissus, particularly. In Ovid's version (Poet and Roman thinker, 43 BC - 18 D.C.- Metamorphoses), Narcissus was the son of the River God, Cephalus and Nymph, Lireope. His sweeping beauty - with which everyone fell in love- lead him to develop a frivolous personality spiteful of everything and everyone. To punish him, the Goddess Nemesis condemned him to fall in love with his own image. So enchanted was he by his own lake-waters reflection, that he forever laid ashore contemplating himself to death. Never were Beauty and Perfection more idolized than by today's society. We are constantly confronted and pressured to believe that only the perfect and the beautiful have value and are acceptable. The analogy drawn between this work and myth demystify concept of beautification. It does so by deconstruction, by depicting destruction and imperfection, horror, erasure and disenchantment. In some images, disenchantment is triggered by observing the artist's own image reflected in water, similarly to a self-portrait in which images and subject deconstruct simultaneously. Italian painter Caravagio (1571-1610) produced a wonderful painting of Narcissus contemplation by the lake. His works often portray himself (Goliath's head held by David, Medusa's head) to deconstruct the artist's figure and compel observers to see beyond it. This photographic series captures not only the images aesthetic component, but the mystery, the diffuse, the beauty hidden in an artist's self-destruction which reveals the work's true and enigmatic latent beauty, a beauty without need for explanation. This body of work, points us to a ruined reality. It borders between the real and the unreal, the true and false, the visible and the invisible, contemplation. The images are only fragments of a space and time, this space-time is my reality, it is my fiction, my own interpretation of the human being's mysterious world.
Esta série fotográfica, leva-nos a recordar a mitologia Grega, mais propriamente o Mito de Narciso. Narciso, segundo a versão de Ovídio, (Poeta e pensador Romano, 43 A.C. – 18 D.C.- Metamorfoses) seria filho do Deus-rio, Cefiso e da Ninfa, Liríope. Devido à sua beleza arrebatadora, que levava toda a gente a apaixonar-se por ele, criou uma personalidade frívola em que menosprezava tudo e todos. A Deusa Némesis, para o castigar, condenou-o a apaixonar-se pela sua própria imagem. Assim, ao contemplar o seu reflexo nas águas de um lago, ficou de tal forma encantado que se deitou na margem em contemplação, definhando até à morte. Na sociedade contemporânea as ideias de beleza e perfeição são cada vez mais idolatradas. Constantemente somos confrontados e pressionados por todos os meios, tentando-nos fazer crer de que só o perfeito e o belo têm valor e são aceitáveis. A analogia entre este trabalho e o mito, será vista no sentido inverso, ou seja, não se trata da imagem pelo embelezamento, mas sim da sua desconstrução pela visão da destruição e imperfeição, pelo horror, apagamento e desencanto. Em algumas imagens, esse desencanto, surge-nos quando vimos a própria imagem do artista refletida na água, quase como um autorretrato em que ele próprio se desconstrói em simultâneo com as imagens. Caravagio, (pintor, Itália 1571 - 1610), que nos deixou uma pintura maravilhosa de Narciso comtemplando-se no lago, usou em vários trabalhos a sua própria imagem (a cabeça de Golias que David segura, a cabeça de Medusa) para desconstruir a figura do artista e obrigar o leitor da obra a ver para além desta. Aqui, na série fotográfica, fica não só a componente estética natural das imagens, mas o mistério, o difuso, a beleza oculta criada pelo artista que se auto – destrói para conseguir revelar verdadeira beleza presente no trabalho, a reflexão. Este corpo de trabalho, leva-nos para uma ruina da realidade. Leva-nos para a fronteira entre o real e o irreal, o verdadeiro e o falso, o visível e o invisível, a contemplação. As imagens, são apenas fragmentos de um espaço e tempo, esse espaço-tempo é a minha realidade, é a minha ficção, a minha interpretação relativa ao mundo misterioso do ser humano.